Uma história estranha — O. Henry

Maurício Coelho
2 min readJan 23, 2021

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Título original: A Strange Story

Publicação: Rolling Stones, 1912, por O. Henry

Tradutor: MSR Artes

Revisão: Maurício Coelho

Capa: Shutterstock

Uma História Estranha
O. Henry

Bem ao norte de Austin residia uma família simples e honesta conhecida como Smothers. Os integrantes eram: John Smothers, a sua esposa, ele mesmo, sua filha de cinco anos de idade, e seus pais, totalizando seis diante da população da cidade quando contado para as finanças, no entanto, eram apenas três para ser mais exato.

Uma noite, depois do jantar, a pequena garota teve uma cólica terrível, e, João Silva saiu igual um trovão para a cidade em busca do remédio.

Ele jamais retornou.

A menininha se recuperou e, com o tempo, tornou-se uma mulher.

A mãe sofreu muito com o desaparecimento do seu marido, e nesse meio tempo, passou quase três meses e ela se casou novamente e se mudou para San Antonio.

A menininha também se casou com o passar dos anos, e tempos depois, ela também teve uma menina de cinco anos de idade.

Ela continua morando na mesma casa onde seu pai a deixou e nunca mais retornou.

Uma noite, por uma coincidência notável, sua menininha teve cólicas no aniversário de desaparecimento de John Smothers, que agora provavelmente seria o seu avô caso estivesse vivo e com um emprego estável.

“Vou ao centro da cidade buscar o remédio para ela”, disse John Smith (pois não era outro senão aquele com quem ela se casou).

“Não, não, querido John”, gritou sua esposa, “Você também pode desaparecer para sempre e depois se esquecer de voltar”.

Portanto, John não foi, e juntos sentaram na beira da cama da menininha Pansy (esse era seu nome, Pansy).

Depois de um tempo, Pansy parecia piorar, e John Smith novamente tentou ir buscar um remédio, mas sua esposa não permitiu.

De repente a porta se abriu, um homem velho, corcunda, com o cabelo branco e comprido, entrou no quarto.

“Olá, é o vovô,” disse Pansy. Ela o reconhecera antes de qualquer um dos outros.

O idoso tirou o frasco do remédio do seu bolso e deu uma colher bem cheia para Pansy tomar.

Ela melhorou imediatamente.

“Eu estava um pouco atrasado,” disse John Smith, “enquanto eu esperava o bonde.”

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Maurício Coelho
Maurício Coelho

Written by Maurício Coelho

Antologista, contista e tradutor. Em 2014 e 2019 traduziu duas obras inéditas de Lewis Carroll. Em 2020, fundou a Editora Cyberus. http://bit.do/skbmaur